

Lesão de Raiz Meniscal
A variabilidade dos sintomas e o fato de não serem facilmente reconhecidos nos exames de imagem tornam o diagnóstico e o tratamento das lesões da raiz posterior dos meniscos uma tarefa desafiadora.
As raízes dos meniscos são essenciais para que o menisco mantenha sua capacidade de converter cargas axiais em tensão circular.
Estudos biomecânicos mostram que as lesões nessas estruturas são comparáveis a uma meniscectomia completa.
As lesões posteriores são mais frequentes e, entre elas, as do menisco medial.
Raiz posterior do menisco medial (RPMM)
Lesões RPMM são as mais comuns, mais comumente observadas em um cenário crônico, geralmente em mulheres de meia-idade, com sintomas mais sutis, com um padrão degenerativo e frequentemente sem uma história bem definida de trauma, associada a lesões multiligamentares, obesidade, com alteração do eixo mecânico em varo ou valgo.
Raiz posterior do menisco lateral (RPML)
Esta tem como particularidade a presença dos ligamentos menisco-femoral (LMF), que conectam o RPML ao côndilo femoral medial, e desempenham um papel importante na estabilização do menisco lateral.
São vistos com mais frequência em casos agudos, em associação com lesões do ligamento cruzado anterior (LCA), especialmente em homens jovens.
CLASSIFICAÇÃO DE LaPrade
Classifica a lesão em 5 tipos:
Tipo 1: parcial
Tipo 2: a mais comum, radial completa
Tipo 3: alça de balde
Tipo 4: padrão complexo oblíquo
Tipo 5: fratura avulsão da raiz no platô tibial
DIAGNÓSTICO
Como os sintomas das lesões da raiz meniscal são altamente variáveis, fazer esse diagnóstico pode ser desafiador e requer um alto índice de suspeita, bem como o conhecimento dos fatores de risco associados e lesões comumente relacionadas.
RESSONÂNCIA
Alguns autores postulam que a única maneira de confirmar uma lesão da raiz meniscal posterior é por artroscopia.
Dois sinais radiológicos mais frequentes são a extrusão meniscal e o ghost sign.
TRATAMENTO CONSERVADOR
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Com analgésico, fortalecimento muscular e auxílio de marcha ou joelheira
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Para pacientes idosos, sem condições clínicas para tratamento cirúrgico e com degeneração articular avançada no compartimento afetado do joelho
TRATAMENTO CIRÚRGICO
Fatores a serem considerados:
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O estado da cartilagem articular e do tecido meniscal
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Eixo mecânico
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IMC <30
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Expectativas e vontade do paciente em aderir ao protocolo de reabilitação.
Técnica:
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Meniscectomia parcial: pacientes com lesão parcial (tipo 1)
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Reparo da raiz do menisco
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Osteotomias: para tratar desalinhamento do eixo mecânico, se associado